J.K. Rowling é acusada de transfobia ao defender mulher demitida após criticar identidade de gênero

J.K. Rowling é acusada de transfobia ao defender mulher demitida após criticar identidade de gênero | Ordem da Fênix Brasileira
A autora J.K. Rowling foi acusada de transfobia por defender Maya Forstater, uma mulher demitida após publicar, no Twitter, que "homens não podem se transformar em mulheres".

Em seu próprio Twitter, Rowling escreveu: "Vista-se como quiser, chame-se do que gostar, durma com qualquer adulto que consinta e queira você. Viva sua melhor vida em paz e segurança. Mas forçar mulheres a deixarem seus trabalhos por afirmarem que sexo é real?", e utilizou as hashtags #IStandWithMaya (Eu apoio a Maya) e #ThisIsNotaDrill (Isso não é uma brincadeira).
O nome da autora imediatamente foi parar nos Trending Topics da rede social e o comentário recebeu diversas críticas, muitas delas dizendo que a autora estava sendo transfóbica:
"Isso é muito ruim e cruel. Você deveria estar envergonhada de promover compaixão e igualdade nos seus livros e então trair os seus leitores trans e incentivar violência e ódio contra mulheres trans."
"Eu não costumo me basear nos seus livros para analogias políticas, porque eles são para crianças, obviamente, mas eu acho que é apropriado fazer uma exceção nesse caso: você acabou de se juntar aos Comensais da Morte."
"Minha filha, que é trans, é uma grande fã sua. Parte o meu coração vê-la postar algo indicando que discrimação contra ela é um comportamento perfeitamente normal para um funcionário.

As organizações médicas mais reconhecidas do mundo afirmam pessoas trans. Por favor, atualize-se."
ENTENDA O CASO

Maya Forstater, à época empregada pelo Centro de Desenvolvimento Global (Centre for Global Development), uma organização internacional que luta contra a pobre e a desigualdade, publicou no Twitter:
"Por que estou tão surpresa por pessoas inteligentes que admiro, que são absolutamente pró-ciência em outras áreas, e campeãs em direitos humanos e direitos das mulheres estão se enrolando para evitar dizer a verdade de que homens não podem se transformar em mulheres (porque isso poderia machucar os sentimentos dos homens)?"
Por esse motivo, a pesquisadora acabou demitida e levou o caso aos tribunais, que foram contra ela. Segundo o Independent, em sua sentença, o juiz James Tayler considerou a declaração de Forstater "absolutista" e declarou que ela não tinha o direito de ignorar os direitos legais de pessoas transexuais e "a enorme dor que pode ser causada por errar o gênero de uma pessoa trans":
"Se uma pessoa transicionou de homem para mulher e tem um Certificado de Reconhecimento de Gênero (Gender Recognition Certificate), essa pessoa é legalmente uma mulher", declarou. "Isso não é algo que a senhora Forstater tem o direito de ignorar. A posição da senhora Forstater é a de que mesmo que uma mulher trans tenha o GRC, ela não pode se descrever honestamente como uma mulher. Essa crença não é respeitável em uma sociedade democrática".

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Via Exitoína.