Nova crítica brasileira: "Fãs não querem sexo entre Harry e Hermione em 'Relíquias da Morte - Parte 1'"

Nova crítica brasileira: 'Fãs não querem sexo entre Harry e Hermione em 'Relíquias da Morte - Parte 1' | Ordem da Fênix Brasileira
"Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 1"
O Dia - 17 de novembro
Fabio Dobbs


O tão aguardado sétimo e penúltimo filme da saga Harry Potter, As Relíquias da Morte Parte 1, estreia mundialmente na próxima sexta-feira (19) e é uma tentação para as fãs do ator Daniel Radcliffe. No longa, o protagonista aparece sem camisa, só de cueca, beijando Ginny (Bonnie Wright), e até em preliminares sexuais, trocando carícias com Hermione (Emma Watson), em uma cena que vai deixar Ron (Rupert Grint) maluco.

Pela primeira vez, os três amigos Harry, Hermione e Ron estão sozinhos, sem ninguém para protegê-los na busca pelos hocrux - objetos nos quais o vilão Voldemort (Ralph Fiennes) dividiu a sua alma, na pretensão de ficar imortal. Essa solidão vai mostrar os três personagens mais maduros e, finalmente, influenciado por um feitiço do hocrux, Ron vai colocar Hermione na parede e fazê-la decidir entre o amor que ela sente por ele e a amizade por Harry.

"É um momento muito tenso, porque eles estão sozinhos e Rony está preocupado com sua família, frustrado com o pouco progresso que eles fizeram. Mas o medalhão aumenta tudo o que ele está sentindo. E, por causa disso, ele também coloca na cabeça que poderia haver algo acontecendo entre Harry e Hermione. Isso leva a uma discussão intensa entre Rony e Harry, em que os dois explodem de raiva", diz Rupert Grint.

A fúria de Ron na verdade só piora e chega em seu grau máximo quando ele vai destruir o hocrux e vê na fumaça Harry e Hermione seminus, pegando-se com vontade. Mas as fãs que sonham em ver mais cenas de amor entre os dois podem esquecer. A proximidade de Harry e Hermione na história não passa de uma dança na barraca. "Hermione está chateada porque Ron foi embora. Há música no rádio, por isso Harry tenta aliviar parte da dor dela fazendo algo que jovens comuns fazem: dançar. É o que você faria por um amigo, e Dan e Emma tornaram isso muito terno e comovente", diz o diretor, David Yates.

Orçado em US$ 250 milhões, o filme, esperado com ansiedade há um ano pelos fãs, tem tudo para superar a marca da bilheteria do último Harry Potter e o Enigma do Príncipe, que arrecadou US$ 934 milhões no mundo todo.

Fãs não querem sexo entre Harry e Hermione
Os fãs de Harry Potter já estão em clima de expectativa para ver a estreia do novo filme do bruxo mais famoso do mundo. "Estou esperando por isso há um ano. No último filme, achei que ficou faltando alguma coisa, não vejo a hora de assistir", conta a jornalista Johanne Russel, de 35 anos, que fez pós-graduação na Inglaterra por ser o país onde o longa teve origem.

Sobre a possibilidade de Harry e Hermione terem uma noite de amor, não há aprovação. "Se tivesse que acontecer, seria com o Ron. O Harry é como um irmão para ela", afirma Johanne. Já a estudante Fernanda Paveltchuk acredita que este tipo de cena não deve acontecer. "O foco do filme não é esse, não tem a ver". Quem endossa o coro de Fernanda são as também estudantes Mirella Almeida e Brenda Lisboa. "Não tem que rolar", afirmam.

Crítica do filme
O diretor David Yates e o roteirista Steve Kloves fizeram um dos filmes da saga Harry Potter mais fiéis ao livro da escritora J.K. Rowling. São 146 minutos de produção para contar a primeira parte do fim da história. O destaque fica para as cenas de ação, como a fuga de Harry da casa para se proteger de Voldemort, uma verdadeira perseguição pelas ruas de Londres, e os combates entre Harry, Ron e Hermione contra os seguidores do vilão dispostos a exterminá-los.

O filme só cai de tom quando Harry e Hermione ficam sozinhos na floresta. Apesar da monotonia, há forte apelo dramático, o que exigiu um grau de interpretação maior dos atores. Mais maduros, Daniel Radcliffe, Emma Watson e Rupper Grint conseguem imprimir veracidade aos conflitos de seus personagens atormentados pelo ciúme e a inveja.

Mas, apesar de fiel ao livro, o filme não explora com o mesmo peso o lado da biografia de Dumbledore, o que rende no livro boas fofocas, como o relacionamento do bruxo com seu amigo de juventude Grindelwald.