#332
– Sente-se – mandou Snape.
Harry se sentou. O professor, no entanto, continuou em pé.
– O Sr. Malfoy acabou de vir me contar uma história estranha, Potter.
–Harry ficou calado.
–– Ele me contou que estava na Casa dos Gritos quando deparou com Weasley, aparentemente sozinho.
Ainda assim, Harry não falou nada.
– O Sr. Malfoy diz que estava parado, falando com Weasley, quando um pelotaçode lama o atingiu na nuca. Como é que você acha que isso aconteceu?
–Harry tentou parecer levemente surpreso.
– Não sei, professor.
Os olhos de Snape perfuravam os de Harry. Era exatamente a mesma sensação de tentar dominar um hipogrifo com o olhar. O garoto fez força para não piscar.
– O Sr. Malfoy então viu uma extraordinária aparição. Você pode imaginar o que teria sido, Potter?
– Não – respondeu Harry, agora tentando parecer inocentemente curioso.
– Foi a sua cabeça, Potter. Flutuando no ar.
Fez-se um longo silêncio.
– Talvez seja bom ele ir procurar Madame Pomfrey – sugeriu Harry. – Se anda vendo coisas como...
– Que é que a sua cabeça estaria fazendo em Hogsmeade, Potter? – perguntou Snape suavemente. – A sua cabeça não tem permissão de ir a Hogsmeade. Nenhuma parte do seu corpo tem permissão de ir a Hogsmeade.
– Eu sei, professor – respondeu Harry, tentando manter o rosto despojado de culpa ou medo. – Parece que Malfoy está sofrendo alucina...
– Malfoy não está sofrendo alucinações – rosnou Snape, se curvando com as mãos apoiadas nos braços da cadeira de Harry, de modo que os rostos dos dois ficaram afastados apenas trinta centímetros. – Se a sua cabeça estava em Hogsmeade, então o resto do seu corpo também estava.
Capítulo 14, O ressentimento de Snape
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