#146
Caminharam uns dez minutos até chegar a um ponto em que as árvores cresciam tão juntas que era sombrio como ao anoitecer, e não havia neve no chão. Com um gemido, Hagrid depositou a metade da vaca no chão, recuou e se virou para olhar os alunos, a maioria dos quais se esgueirava de árvore em árvore em sua direção, espiando para os lados nervosamente como se esperassem ser atacados a qualquer momento.
– Cheguem mais, cheguem mais – encorajou-os Hagrid. – Agora eles vão ser atraídos pelo cheiro da carne, mas de qualquer maneira vou chamá-los, porque vão gostar de saber que sou eu.
Ele se virou, sacudiu a cabeça desgrenhada para tirar os cabelos do rosto e soltou um grito estranho e agudo que ecoou por entre as árvores escuras como o chamado de uma ave monstruosa. Ninguém riu: a maioria estava apavorada demais para emitir qualquer som.
Capítulo 21, O Olho da Cobra
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