
#116
– Deixe o dragão ir embora – insistia Harry. – Solte ele.
– Não posso – disse Hagrid. – Ele é muito pequeno. Morreria.
Eles olharam para o dragão. Aumentara três vezes de comprimento em uma semana. A fumaça não parava de sair de suas narinas. Hagrid não estava cumprindo suas tarefas de guarda-caça porque o dragão o mantinha muito ocupado. Havia garrafas vazias de conhaque e penas de galinha por todo o chão.
– Decidi chamá-lo de Norberto – anunciou Hagrid, olhando para o dragão com olhos sonhadores. – Ele realmente sabe quem eu sou, olhem. Norberto! Norberto! Onde está a mamãe?
– Ele pirou – cochichou Rony na orelha de Harry.
– Rúbeo – disse Harry em voz alta –, dê mais quinze dias e Norberto vai ficar do tamanho de sua casa. Malfoy pode procurar Dumbledore a qualquer momento.
Hagrid mordeu o lábio.
– Eu... eu sei que não vou poder ficar com ele para sempre, mas também não posso largá-lo assim, não posso.
Harry de repente virou-se para Rony.
– Carlinhos – falou.
– Você também – respondeu Rony. – Eu sou Rony, está lembrado?
– Não, Carlinhos... seu irmão, Carlinhos. Na Romênia. Estudando dragões. Poderíamos mandar Norberto para ele. Carlinhos pode cuidar dele e depois devolvê-lo à floresta!
– Brilhante! – exclamou Rony. – Que é que você acha, Rúbeo?
E no fim, Hagrid concordou que podiam mandar uma coruja a Carlinhos para consultá-lo.
Capítulo 14, Norberto, o dragão norueguês
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