
#31
Os lampiões no escritório do diretor estavam acesos, os retratos dos diretores anteriores roncavam suavemente em suas molduras e a Penseira estava mais uma vez pronta sobre a escrivaninha. As mãos de Dumbledore estavam dos lados da Penseira, a direita escura e queimada como sempre. Não parecia ter sarado, e Harry ficou imaginando, talvez pela centésima vez, o que teria causado aquele ferimento singular, mas não perguntou nada; Dumbledore dissera que lhe contaria no momento certo e, seja como for, havia outro assunto que ele queria discutir. Antes, porém, que Harry pudesse mencionar qualquer coisa sobre Snape e Malfoy, Dumbledore falou:
– Ouvi dizer que você se encontrou com o ministro da Magia no Natal.
– Verdade – respondeu Harry. – Ele não ficou muito satisfeito comigo.
– Não – suspirou Dumbledore. – Ele também não está muito satisfeito comigo. É preciso tentar não sucumbir sob o peso de nossas angústias, Harry, e continuar a lutar.
O garoto sorriu.
Capítulo 17, Uma lembrança relutante
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