Crítica de "Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 2" #20

Crítica de 'Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 2' #20 | Ordem da Fênix Brasileira
Crítica a Harry Potter e as Relíquias da Morte: Parte 2
Thiego Novais | Oclumência

Ao sentar na sala de cinema, só conseguia me lembrar de quando sentei pela primeira vez para assistir a um filme Harry Potter, em 2001, quando tinha onze anos. Tenho orgulho de poder ter acompanhado toda série, desde o começo dos filmes e sentar pela última vez para assistir ao último. A emoção era muita. As lágrimas saíam naturalmente durante boa parte do filme, principalmente por lembranças de quando eu li o livro e perceber que tudo que eu queria que estivesse no filme e de uma forma emocionante, estava lá e ainda melhor.

O filme começa em um ritmo muito acelerado. Quando menos percebemos, já estamos em Hogwarts, prontos para uma batalha que emociona desde que começa até seu último instante. Começando pelo ataque de Gringotes e um uso do 3D bastante eficaz, vamos em um ritmo que não para até chegar em Hogwarts – e é aí que o filme que realmente toma proporções que vão além de uma simples nostalgia: a gente chora. Mesmo. Ao escrever essa crítica, prefiro passar o meu lado fã para vocês, do que um mais crítico. Aliás, esse filme é muito mais para nós, fãs, que acompanhamos a saga no nosso dia a dia há tanto tempo.

Em relação à batalha de Hogwarts, posso afirmar com todas as letras que os fãs não sairão decepcionados. Enquanto vemos Harry, Rony e Hermione em busca das horcruxes e suas respectivas destruições, temos toda a batalha acontecendo. Destaque parece Minerva McGonagall e Neville Longbottom, interpretados respectivamente por Maggie Smith e Matthew Lewis. Ambos são destaque na batalha, nos fazendo rir em momentos tensos, mas nos fazendo chorar em muitos outros. Neville e Minerva roubam a cena durante toda a sequência da batalha.

Todos que leram o livro com certeza estão preocupados com o personagem Severo Snape. Mas, nunca pensei que um ator pudesse tanto mudar de uma fisionomia para outra, fazer o público se emocionar – e muito – com simples expressões. Esse ator é Alan Rickman, que interpreta o professor Snape desde o primeiro filme da série, lançado em 2001. Ele é destaque do filme, fazendo juz ao personagem criado pela autora J.K Rowling. Ele consegue passar tudo aquilo que o personagem sente nos livros, consegue emocionar todos que estão assistindo ao filme e emociona os fãs, que soluçavam durante a cena de seu destino.

Depois que Harry ressurge, as lágrimas saíram mais rápidas e tenho certeza que todos nos cinemas queriam ter gritado, pois a cena é realmente daquelas que todos aplaudiriam ao máximo no cinema. Todo momento, desde de quando ele volta até a batalha final, somos agraciados com uma trilha sonora que emociona desde a abertura do filme até seu final, no epílogo, com uma música bastante conhecida entre os fãs.

Ao final, temos a mesma sensação de paz que Harry tem ao olhar para todos depois da longa batalha. É uma sensação que todos sentirão na semana que vem. Uma sensação que eu quero sentir de novo ao mais rápido possível, pra me encher da magia que essa série sempre trouxe pra mim. Qual é a dor do fim? É bem forte. Quando vemos a última cena do Epílogo, temos uma sensação de enorme vazio, mas aí olhamos para o lado e vemos fãs que nem a gente, chorando e soluçando, e percebemos que enquanto os filmes acabam, nossa paixão sempre existirá. Relíquias da Morte: Parte 2 é o filme que todo mundo sonhou. É fiel, do começo ao filme, surpreende, emociona e muito. Queria que todos vocês tivessem essa mesma oportunidade que eu tive. Foi uma das melhores experiências da minha vida poder chorar por lembrar de tudo que a série me proporcionou.

O lado fã sempre fala mais alto e como somos um fã-site onde todos membros da equipe são fãs incondicionais, não poderia deixaria de afirmar que NENHUM fã sairá decepcionado. O filme é fiel do começo ao fim, apenas com umas adaptações para as telonas, que não deixam de ser alterações positivas. Chorem o que tiverem que chorar, riam nas cenas engraçadas (acreditem, têm algumas!) e lembrem-se sempre que a cena dos créditos não significará o fim de jeito nenhum. É apenas o começo de um conjunto de lembranças que são eternas para todos nós. O filme me fez chorar ou ter vontade de chorar desde o símbolo da Warner até o aceno de Harry à seus filhos na plataforma de King’s Cross ao som de uma música que nos emocionou muito no passado.

A série fechou um ciclo de sucesso da melhor forma que vocês poderiam esperar. Aliás, é melhor levar o lenço extra só para a interpretação de Snape de Alan Rickman, tudo bem? E que na semana que vem, todos tenham um bom filme, com muita emoção, igual a que presenciei hoje. Ao final, todos aplaudiram esse final épico da série Harry Potter.

Nota: 10,0.